sábado, 29 de novembro de 2014

Proposta Educacional


Atualmente, nos encontramos em um mundo que a cada dia as novas tecnologias estão presentes. Cabe uma atenção especial no trato das tecnologias nas escolas e salas de aula, espaço onde os alunos interagem muito bem com a tecnologia.
Um grande desafio encontrado, em nosso cenário escolar, é a não inserção do professor neste processo. Podemos traçar um perfil, não de forma generalista, que em sua maioria os professores têm grande tempo de experiência em sala, por volta de 15 a 30 anos. Portanto, não sentem a necessidade da inserção de novas práticas de ensino, articuladas com o tecnológico, com o digital.

Proponho, um tempo dedicado ao estudo das novas tecnologias na escola, como parte de suas obrigações diárias, uma formação continuada que propiciará habitualidade com o manuseio das salas de informática e equipamentos. Essa formação aconteceria, mensal ou semanalmente, seguindo um cronograma evolutivo ao decorrer dos encontros.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Memórias da Infância

          O primeiro passo para a elaboração deste memorial foi fazer um grande percurso de reconstrução de um tempo um pouco distante, a minha infância. Tempo este em que as preocupações não passavam de esperar a hora do desenho animado ou mesmo do lanche. Toda a minha trajetória de infância foi marcada por muitas brincadeiras e estudos, lembro muito bem que me relacionava muito bem com a escola e na qual criava laços de amizade para as brincadeiras. Pais e família como um todo foram decisivos ao longo de minha infância, havendo grande parte de suas decisões voltadas ao bem estar da criança.
A infância
Bom, nada melhor que iniciar um memorial do que com a identificação do autor, meu nome é Flávio Figueredo Santos, tenho 21 anos e através de minha escrita, vou contar um pouco sobre a minha infância.
Primeiramente, sempre fui uma criança muito esperta e disposta a conhecer tudo o que estava a minha volta. Começo a andar por volta dos 1 ano e poucos meses, e depois disso só queria fuçar tudo que estava ao meu alcance. Uma cena que vem muito a tona, e revendo as fotografias, foi o meu primeiro aniversário, em que meus realizaram uma festa temática, na qual o tema era circo ou palhaço. Tenho a forte lembrança de um detalhe do bolo, o nariz do palhaço, que me marca e chamou muito minha atenção na festa.
O cuidado sempre esteve presente em toda minha infância, Oliveira (2005) argumenta que “(...) o cuidado e a educação das crianças pequenas foram entendidos como tarefas de responsabilidade familiar, particularmente da mãe e de outras mulheres.” (OLIVEIRA, 2005, p.58) Fato este que fica muito evidente nesta fase, onde a mãe exerce o papel de guarda do filho, o protegendo de todo o mal que venha lhe ameaçar, sendo que minha mãe sempre esteve presente e todos os momentos em que posso lembrar. A presença feminina, além de minha mãe, posso citar a colaboração de minha irmã no processo de crescimento, na qual auxiliava a sua maneira, por sua pouca idade, os afazeres domésticos quanto os cuidados prestados a mim, desempenhando seu papel de segunda mãe.
Destaco a presença da avó paterna, que morar as proximidades de nossa casa, influencia em nossos comportamentos e criação. Outra pessoa, no campo da representação feminina, destaco uma tia materna, que sempre me acolhia nas férias em sua casa, pelo fato de se localizar em um zona um pouco afastada de minha casa e do centro da cidade, gostava muito do contato com a terra. Meus primos e eu brincávamos de diversas brincadeiras e com diversos utensílios a fim de procurar a diversão tão necessária nesta fase da vida.
Entra em cena as figuras masculinas do meu processo de crescimento, meu pai sempre presente, fazia todas as minhas vontades, seja com um doce ou outro material, procurando me satisfazer. Lembro que ele possui um Fusca verde, no qual não saia de dentro, gostava muito de passear pela cidade dentro deste carro. Meu irmão também tem grande importância na minha formação, por ser o irmão mais velho, cuidava dos outros irmãos menores nos passando uma situação de confiança, nos auxiliava e brincava, o pouco que podia, conosco.
Minha ida a escola começa aos 4 anos, na Escola Cidade Sol, uma pequena e acolhedora escola existente em meu bairro, na cidade de Jequié. Escola essa em que todos os primos estudavam e meus irmãos, se tornando quase que obrigatória os estudos naquela instituição. Éramos bem assistidos e eu e meus colegas nos divertíamos muito naquele espaço, as datas comemorativas, eram os momentos de maior alegria. Nesses momentos, todos se reuniam e participavam das atividades propostas na escola, participando de brincadeiras, gincanas e competições proporcionadas naquele espaço.
Brincadeiras na rua eram quase que proibidas, por morar em uma rua localizada próxima ao centro, e o constante movimento de carros e pessoas não permitia que fizéssemos da rua um lugar de brincar.
Voltando ao contexto escolar, destaco que as professoras nos incentivam a escrever e desenhar tanto na escola e em casa, era um momento bem legal, afinal, toda criança gosta de desenhar ou mesmo fazer rabiscos. Fase esta que marca o inicio da aprendizagem da leitura e escrita, na qual as crianças começam a ver os significados das letras e das palavras. Quando estava na alfabetização, se não me engano, gostava muito de ler as placas na rua, todos os anúncios que via, me sentindo utilidade quando conseguir expressar os ditos das letras.
Posso concluir que em meu processo de infância, conseguir adentrar em todas as fases da vida de criança. Destacando a forte presença familiar que como destaca Oliveira (2005) “(...) favor da família como a matriz educativa preferencial (...) nas instituições de guarda e educação da primeira infância.” (OLIVEIRA, 2005, p.58), onde os papeis ficavam meio definidos, partindo para o ideal da boa educação.
Saliento a grande atividade de prensar em um tempo um pouco remoto para a construção deste memorial, e sua grande importância no processo formativa dos estudantes de graduação, onde podemos perceber nossa mudança de olhar a respeito da infância e seus desdobramentos na vida futura.

Referências
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2005. (Docência em formação).

 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Análise das contradições presentes na escola. Síntese da Entrevista de Selma Garrido Pimenta no livro, "A Escola Tem Futuro?"



Minha nova postagem conta com uma pequena síntese de um capítulo do livro: “A escola tem futuro?”, organizado pela autora Marisa Vorraber Costa.
Nosso tema gira em torno das contradições presentes na escola, que é visto com um espaço de formação humana e social. A entrevista teve como participante a professora Selma Guarrido Pimenta.
Selma Garrido levanta questões sobre o pensar critico da escola e nos orienta que devemos aprender com que estão no chão da escola, os professores da Educação Básica.
A entrevistada ressalta o papel da formação continuada de professores, que sempre esteve presente em seus estudos desde o inicio de sua atuação docente. Salienta a grande importância do estágio, argumentando que o estágio terá sentido para o estudante logo no início da formação, para que o mesmo entre em contato com o cotidiano escolar.  
A escola pode estar em decadência, mas ainda continua sendo o espaço que possibilita o desenvolvimento humano e propõe que a escola deve mudar em sua forma de gestão. Ao finalizar a entrevista Selma ressalta que a escola é uma instituição que tem uma construção histórica ao decorrer dos anos. E o papel de nós, professores devemos inovar, buscar novidades para o fazer diário na escola.

sábado, 1 de novembro de 2014

Meu percurso no processo de aquisição da leitura e escrita



O primeiro passo para a elaboração deste memorial foi fazer um grande percurso de reconstrução de um tempo um pouco distante, a minha alfabetização. O processo de alfabetização nos traz a ideia onde os alunos começam a ter os primeiros contatos de fato com a leitura e escrita oficial, começam a aprendizagem da linguagem, da decifração do que está escrito e o inicio da escrita. Perpasso ao longo de vários anos de escola, lugar no qual aprendemos a dominar a leitura e escrita, lugar que não podemos atribuir somente o papel da alfabetização. Pais e família têm grande influência na aquisição da leitura e escrita, onde exercem o papel de estimuladores, não formais, do mundo das palavras.
 
Meu percurso da leitura e escrita começa de forma muito curiosa, primeiramente, sempre fui uma criança muito esperta e disposta a conhecer o mundo das palavras, que tanto me surpreendia. Começo minha trajetória aos 4 anos, na Escola Cidade Sol, uma pequena e acolhedora escola existente em meu bairro, na cidade de Jequié. Essa escola era bem conceituada no bairro, onde meus irmão e primos passaram por lá, tornando nossa passagem pela escola como tradição. O inicio de tudo se deu nos primeiros anos do ensino fundamental, que era conhecido como maternal, prontidão, etc, não me recordo bem da nomenclatura, mas lembro que a escola possuía até a 4ª série.

A escola nos proporcionava momentos de leituras de histórias infantis, trazendo a magia de um mundo ainda não descoberto por nós, crianças. Leituras eram feitas diariamente, no momento da rodinha, no qual todos se sentavam e participavam dos momentos de contação de histórias, todos ficam atenciosos com a leitura e com as imagens. Nossa sala era bem colorida, praxe na educação infantil, salas cheias de cores, imagens de bichos e principalmente o “ABC” pregado na parede, que nos fazia lembra as letras dos nossos nomes e apontar todas as vezes que entravamos na sala. Também, fazia parte do contexto de sala de aula, vários brinquedos com letras, aqueles quadradinhos de madeira com letras pintadas, brincávamos de castelos, quebra cabeças e demais brinquedos que tínhamos acesso.



Na parte do ensino da leitura e escrita não me lembro com muitos detalhes, mas algumas coisas ficaram marcadas daquele momento. O caderno, onde desenhávamos as letras, quase que diariamente tinhas a descoberta de uma nova letra, com o som e a escrita delas. Tenho muito forte a lembrança das Caligrafias, que é um recurso que fazíamos muito o uso, tanto na escola quanto em casa. Escrevia a letra e apagava, sempre buscando a “perfeição” daquela letra ou palavra. Sempre tive a sorte de ter irmãos mais velhos que já haviam passado pela alfabetização, e eles me ajudavam muito na realização das tarefas por mais simples que fossem. Destaco nesse momento, que nossas professoras nos incentivam a escrever e desenhar, era um momento bem legal, afinal, toda criança gosta de desenhar ou mesmo fazer rabiscos. Uma atividade que achava interessante era as de cobrir as linhas tracejadas dos desenhos e letras, gostava muito, e via que alguns colegas tinham dificuldades, mas todos concluíamos a atividade.
 
Já um pouco mais adiante, destaco a presença dos constantes Ditados de palavras, onde nós, crianças/alunos, nos debatíamos para ver quem acabava a escrita da palavra em menor tempo, era uma tarefa bem divertida e tensa. Outro momento que merece destaque é era a tabuada, que as vezes eram “tomadas” por todos na sala de aula, tinha poucas dificuldades, mas alguns colegas não coseguiam responder as perguntas das professoras. Recordo-me que em minha sala sempre brincamos muito e éramos unidos, participávamos de todas as atividades propostas em sala ou mesmo às atividades das datas comemorativas, que eram comemoradas na escola.
 
A partir desse momento, já nos considerávamos leitores e escritores, lembro que logo que aprendi a ler, saia na rua lendo tudo que via, placas, faixas, cartazes, tudo que tinha letras. Via nessa prática a descoberta de coisas novas, informações novas que poderiam servir para algo.
 
Bom, a posse da leitura e escrita, no momento que de fato me senti capaz de ler alguma coisa e saber o que falava aquela informação, um cartaz ou um nome de um estabelecimento comercial, me sentia útil e esperto. Acredito que esse processo não é visto como prazeroso para algumas crianças, pela forma que são ensinadas. Mas, meu processo de aquisição de leitura e escrita foi muito tranquilo, acredito que a Escola na qual passe pela iniciação era bem prepara e qualificada para tal tarefa, gostava muito de todo aquele ambiente. O contato com a Caligrafia possibilitou um letra mais arredondada e visualmente atraente, elogio que recebo sempre de algumas pessoas, mas com o avanço das novas tecnologias, a letra tende a se tornar feia, sem o devido cuidado.

Não devemos esquecer a grande importância da escrita e da boa leitura, esse processo deve ser vivido intensamente pelas crianças para que no futuro próximo possa se desenvolver melhor suas habilidades em séries posteriores. Os frutos deste processo vão facilitar no decorrer da vida escolar de cada indivíduo.

Percurso ao Curso de Pedagogia


A chegada ao curso de Pedagogia foi um pouco repentina, quando me inscrevi no Sistema de Seleção Unificada (SISU), pela nota do ENEM e me deparei selecionado para cursar Pedagogia na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. A escolha foi aleatória, sem nenhuma preferência, mas o que levei em conta na minha decisão foi o fato de na minha família ter muitas professoras, inclusive cito o caso de minha Irmã, que fala com muito carinho da profissão docente. Minha irmã é uma grande incentivadora da minha permanência no curso.

Minha trajetória como professor começou quando, por processo seletivo, fui chamado a exercer um cargo, REDA, na Prefeitura Municipal de Jequié, cuja função era de Orientador Social. Trata-se de um profissional que lida diretamente com a clientela dos Programas Sociais e desenvolve atividades pedagógicas com temas transversais. Deparo-me com os alunos de 10 a 14 anos em minha frente, e daí começo a dialogar sobre os assuntos e desenvolver algumas atividades.

Gosto muito da especificidade do campo da educação, me identifico com as questões sociais envolvidas em todos os passos do processo educativo. Penso que a Educação, se bem pensada e executada, pode melhorar e muito a vida dos seres humanos, conscientizando-os e fazendo-os cidadãos que pensam sobre sua própria condição.

De principio não sabia bem onde estava entrando, não sabia a dimensão da formação de um professor, o que hoje no III semestre já fica um pouco mais claro. Uma coisa que me inquietava desde o inicio era a habilitação do curso, em Educação Infantil e Séries Iniciais, por restringir o pedagogo em um professor alfabetizador, educador. Mas ao longo da minha curta caminhada já pude ver que o curso tem muito mais a oferecer, e diversos caminhos a serem trilhados.