sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Memórias da Infância

          O primeiro passo para a elaboração deste memorial foi fazer um grande percurso de reconstrução de um tempo um pouco distante, a minha infância. Tempo este em que as preocupações não passavam de esperar a hora do desenho animado ou mesmo do lanche. Toda a minha trajetória de infância foi marcada por muitas brincadeiras e estudos, lembro muito bem que me relacionava muito bem com a escola e na qual criava laços de amizade para as brincadeiras. Pais e família como um todo foram decisivos ao longo de minha infância, havendo grande parte de suas decisões voltadas ao bem estar da criança.
A infância
Bom, nada melhor que iniciar um memorial do que com a identificação do autor, meu nome é Flávio Figueredo Santos, tenho 21 anos e através de minha escrita, vou contar um pouco sobre a minha infância.
Primeiramente, sempre fui uma criança muito esperta e disposta a conhecer tudo o que estava a minha volta. Começo a andar por volta dos 1 ano e poucos meses, e depois disso só queria fuçar tudo que estava ao meu alcance. Uma cena que vem muito a tona, e revendo as fotografias, foi o meu primeiro aniversário, em que meus realizaram uma festa temática, na qual o tema era circo ou palhaço. Tenho a forte lembrança de um detalhe do bolo, o nariz do palhaço, que me marca e chamou muito minha atenção na festa.
O cuidado sempre esteve presente em toda minha infância, Oliveira (2005) argumenta que “(...) o cuidado e a educação das crianças pequenas foram entendidos como tarefas de responsabilidade familiar, particularmente da mãe e de outras mulheres.” (OLIVEIRA, 2005, p.58) Fato este que fica muito evidente nesta fase, onde a mãe exerce o papel de guarda do filho, o protegendo de todo o mal que venha lhe ameaçar, sendo que minha mãe sempre esteve presente e todos os momentos em que posso lembrar. A presença feminina, além de minha mãe, posso citar a colaboração de minha irmã no processo de crescimento, na qual auxiliava a sua maneira, por sua pouca idade, os afazeres domésticos quanto os cuidados prestados a mim, desempenhando seu papel de segunda mãe.
Destaco a presença da avó paterna, que morar as proximidades de nossa casa, influencia em nossos comportamentos e criação. Outra pessoa, no campo da representação feminina, destaco uma tia materna, que sempre me acolhia nas férias em sua casa, pelo fato de se localizar em um zona um pouco afastada de minha casa e do centro da cidade, gostava muito do contato com a terra. Meus primos e eu brincávamos de diversas brincadeiras e com diversos utensílios a fim de procurar a diversão tão necessária nesta fase da vida.
Entra em cena as figuras masculinas do meu processo de crescimento, meu pai sempre presente, fazia todas as minhas vontades, seja com um doce ou outro material, procurando me satisfazer. Lembro que ele possui um Fusca verde, no qual não saia de dentro, gostava muito de passear pela cidade dentro deste carro. Meu irmão também tem grande importância na minha formação, por ser o irmão mais velho, cuidava dos outros irmãos menores nos passando uma situação de confiança, nos auxiliava e brincava, o pouco que podia, conosco.
Minha ida a escola começa aos 4 anos, na Escola Cidade Sol, uma pequena e acolhedora escola existente em meu bairro, na cidade de Jequié. Escola essa em que todos os primos estudavam e meus irmãos, se tornando quase que obrigatória os estudos naquela instituição. Éramos bem assistidos e eu e meus colegas nos divertíamos muito naquele espaço, as datas comemorativas, eram os momentos de maior alegria. Nesses momentos, todos se reuniam e participavam das atividades propostas na escola, participando de brincadeiras, gincanas e competições proporcionadas naquele espaço.
Brincadeiras na rua eram quase que proibidas, por morar em uma rua localizada próxima ao centro, e o constante movimento de carros e pessoas não permitia que fizéssemos da rua um lugar de brincar.
Voltando ao contexto escolar, destaco que as professoras nos incentivam a escrever e desenhar tanto na escola e em casa, era um momento bem legal, afinal, toda criança gosta de desenhar ou mesmo fazer rabiscos. Fase esta que marca o inicio da aprendizagem da leitura e escrita, na qual as crianças começam a ver os significados das letras e das palavras. Quando estava na alfabetização, se não me engano, gostava muito de ler as placas na rua, todos os anúncios que via, me sentindo utilidade quando conseguir expressar os ditos das letras.
Posso concluir que em meu processo de infância, conseguir adentrar em todas as fases da vida de criança. Destacando a forte presença familiar que como destaca Oliveira (2005) “(...) favor da família como a matriz educativa preferencial (...) nas instituições de guarda e educação da primeira infância.” (OLIVEIRA, 2005, p.58), onde os papeis ficavam meio definidos, partindo para o ideal da boa educação.
Saliento a grande atividade de prensar em um tempo um pouco remoto para a construção deste memorial, e sua grande importância no processo formativa dos estudantes de graduação, onde podemos perceber nossa mudança de olhar a respeito da infância e seus desdobramentos na vida futura.

Referências
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2005. (Docência em formação).

 

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