A infância
Bom,
nada melhor que iniciar um memorial do que com a identificação do autor, meu
nome é Flávio Figueredo Santos, tenho 21 anos e através de minha escrita, vou
contar um pouco sobre a minha infância.
Primeiramente,
sempre fui uma criança muito esperta e disposta a conhecer tudo o que estava a
minha volta. Começo a andar por volta dos 1 ano e poucos meses, e depois disso
só queria fuçar tudo que estava ao meu alcance. Uma cena que vem muito a tona,
e revendo as fotografias, foi o meu primeiro aniversário, em que meus
realizaram uma festa temática, na qual o tema era circo ou palhaço. Tenho a
forte lembrança de um detalhe do bolo, o nariz do palhaço, que me marca e
chamou muito minha atenção na festa.
O
cuidado sempre esteve presente em toda minha infância, Oliveira (2005)
argumenta que “(...) o cuidado e a educação das crianças pequenas foram
entendidos como tarefas de responsabilidade familiar, particularmente da mãe e
de outras mulheres.” (OLIVEIRA, 2005, p.58) Fato este que fica muito evidente
nesta fase, onde a mãe exerce o papel de guarda do filho, o protegendo de todo
o mal que venha lhe ameaçar, sendo que minha mãe sempre esteve presente e todos
os momentos em que posso lembrar. A presença feminina, além de minha mãe, posso
citar a colaboração de minha irmã no processo de crescimento, na qual auxiliava
a sua maneira, por sua pouca idade, os afazeres domésticos quanto os cuidados
prestados a mim, desempenhando seu papel de segunda mãe.
Destaco
a presença da avó paterna, que morar as proximidades de nossa casa, influencia
em nossos comportamentos e criação. Outra pessoa, no campo da representação
feminina, destaco uma tia materna, que sempre me acolhia nas férias em sua
casa, pelo fato de se localizar em um zona um pouco afastada de minha casa e do
centro da cidade, gostava muito do contato com a terra. Meus primos e eu
brincávamos de diversas brincadeiras e com diversos utensílios a fim de
procurar a diversão tão necessária nesta fase da vida.
Entra
em cena as figuras masculinas do meu processo de crescimento, meu pai sempre
presente, fazia todas as minhas vontades, seja com um doce ou outro material,
procurando me satisfazer. Lembro que ele possui um Fusca verde, no qual não
saia de dentro, gostava muito de passear pela cidade dentro deste carro. Meu
irmão também tem grande importância na minha formação, por ser o irmão mais
velho, cuidava dos outros irmãos menores nos passando uma situação de
confiança, nos auxiliava e brincava, o pouco que podia, conosco.
Minha
ida a escola começa aos 4 anos, na Escola Cidade Sol, uma pequena e acolhedora
escola existente em meu bairro, na cidade de Jequié. Escola essa em que todos
os primos estudavam e meus irmãos, se tornando quase que obrigatória os estudos
naquela instituição. Éramos bem assistidos e eu e meus colegas nos divertíamos
muito naquele espaço, as datas comemorativas, eram os momentos de maior
alegria. Nesses momentos, todos se reuniam e participavam das atividades
propostas na escola, participando de brincadeiras, gincanas e competições
proporcionadas naquele espaço.
Brincadeiras
na rua eram quase que proibidas, por morar em uma rua localizada próxima ao
centro, e o constante movimento de carros e pessoas não permitia que fizéssemos
da rua um lugar de brincar.
Voltando
ao contexto escolar, destaco que as professoras nos incentivam a escrever e
desenhar tanto na escola e em casa, era um momento bem legal, afinal, toda
criança gosta de desenhar ou mesmo fazer rabiscos. Fase esta que marca o inicio
da aprendizagem da leitura e escrita, na qual as crianças começam a ver os
significados das letras e das palavras. Quando estava na alfabetização, se não
me engano, gostava muito de ler as placas na rua, todos os anúncios que via, me
sentindo utilidade quando conseguir expressar os ditos das letras.
Posso
concluir que em meu processo de infância, conseguir adentrar em todas as fases
da vida de criança. Destacando a forte presença familiar que como destaca
Oliveira (2005) “(...) favor da família como a matriz educativa preferencial
(...) nas instituições de guarda e educação da primeira infância.” (OLIVEIRA,
2005, p.58), onde os papeis ficavam meio definidos, partindo para o ideal da
boa educação.
Saliento
a grande atividade de prensar em um tempo um pouco remoto para a construção
deste memorial, e sua grande importância no processo formativa dos estudantes
de graduação, onde podemos perceber nossa mudança de olhar a respeito da
infância e seus desdobramentos na vida futura.
Referências
OLIVEIRA,
Zilma Ramos de. Educação infantil:
fundamentos e métodos. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2005. (Docência em formação).

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